quarta-feira, 22 de junho de 2011

Somos como os aviões.


Outro dia peguei um livro da minha esposa, chamado Metafísica da Saúde, do Valcapelli e Gasparetto (o irmão da Zíbia) e li a introdução na qual o autor fala sobre o "vitimismo" no qual o ser-humano (gosta) vive, e como isso se reflete em seu corpo através de doenças. Ele coloca que muitas pessoas vivem num estado de "coitadismo" no qual se dizem meros peões de jogos cósmicos divinos, sujeitos aos caprichos e desmandos de Deus que tanto nos dá quanto nos tira baseado, aparentemente, em nenhuma razão. Tudo depende da sorte e se você não nasceu virado para Lua, então sinto muito, já era.
Parece absurdo falando assim, mas realmente muitas pessoas acreditam piamente nisso (algumas até com mais imaginação incluindo demônios, duendes, oráculos, etc em seus devaneios) e outros simplesmente entregam-se a realidade fatalista, geralmente extremamente negativa, tipo "a vida é assim mesmo".
Confesso que sempre tendi a este último grupo, sufocando um ente questionador e inconformado que vive dentro de mim, em prol do paradigma da fatalidade (disfarçada de obrigação).
Mas o acaso, que de acaso não tem nada, me pegou e conheci pessoas maravilhosas ao entrar no FIQUE. Mais do que um desafio acadêmico, uma oportunidade como pesquisador, foi um chamado para um despertar.
O controle de nossa vida é nosso! Colhemos o que plantamos e fazemos o que queremos. Quando erramos é porque precisamos desviar ou mesmo mudar o caminho e as dificuldades não são caprichos divinos, são apenas dificuldades, normais em qualquer tarefa.
Mas falar (ou melhor, escrever) é fácil; difícil é acreditar e viver.
Outro dia li uma reportagem que explicava como um avião voa. Basicamente, para um avião de várias toneladas vencer a gravidade e pairar no ar, algumas forças precisam atuar em conjunto e em harmonia:
  • A tração (ou empuxo) que é uma força responsável por impulsionar a aeronave para frente, sendo originada de algum tipo de motor.
  • O peso está relacionado com a força da gravidade, a qual atrai todos os corpos que estão no campo gravitacional terrestre. Não existe nenhuma forma de alterar esta força, então é preciso cada vez mais aperfeiçoar as aeronaves, para sempre respeitar as leis da natureza. (muita atenção nesta frase!!)
  • O arrasto é uma força aerodinâmica devido a resistência do ar, que se opõe ao avanço de um corpo; e
  • A sustentação que é a força, gerada pelo desenho das asas, que empurra o avião para cima contra a gravidade.
Se estas quatro forças estiverem em equilíbrio, o avião voa tranquilo e a viagem segue segura, mas se elas, ao contrário, entrarem em conflito, em desarmonia, pode ocorrer desde uma turbulência até uma tragédia.
Metaforicamente, podemos considerar que nós temos um "desenho" básico que nos confere a sustenção, ou seja, temos uma capacidade latente para superarmos as forças gravitacionais naturais que nos puxam para baixo. Ao mesmo tempo, somos compelidos para frente, tracionados, vencendo os obstáculos que geram atrito e resistência, que tentam nos arrastar para trás.
Nosso estado natural é a a evolução contínua e a felicidade é nosso destino final. Porém, podemos conduzir erroneamente, de modo inseguro, atrapalhado ou simplesmente omisso a aeronave de nossas vidas, permanecendo no chão ou mesmo caindo quando começamos a voar.
Pensemos nos aviões e como eles conseguem voar e transpor distâncias enormes. Se eles podem, então também podemos.
abraços a todos.

Nenhum comentário: