segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Qual é a dos concursos??

Sigo em meu twitter um site de marketing e, hoje de manhã, recebi um post sobre um novo concurso promovido pela loja de roupas Renner, no sul do país. Se trata de um concurso de estampas no qual o premiado terá sua estampa usada na nova coleção mais um super-hiper-mega-tudo-de-bom prêmio de... R$ 400,00 (isso mesmo, quatrocentos reais) em compras na loja, o que dá entre 5 a 6 calças jeans (risos).
Pilantra é pouco pra este concurso. Não quero ofender a mãe do idealizador mas com certeza ela não fez um bom trabalho.
Mas falando sério, fico aqui refletindo: quem é o público-alvo e qual o objetivo destes concursos?
Marketeiros de plantão, dêem seus palpites!!
Com certeza, este tipo de concurso não é voltado para ilustradores e designers (realmente) profissionais pois qualquer profissional que se preze não ia prestar um serviço de graça, a troco de banana - ou camisetas, ou calças jeans. Assim, imagino que o maior público sejam artistas de fim-de-semana e entusiastas da profissão: "Puxa, já pensou as pessoas usando a camiseta q eu desenhei??!", pensa o dentista que gostaria de ser ilustrador - (pode virar designer de dentes,rss); ou "Oi, amor, lembra aquela pintura que fiz no curso da igreja, virou uma estampa da Renner." O fato é que talento nem sempre vem agregado a profissionalização e muitas pessoas não se importam (ou apenas desconhecem) com um contexto de ações e direitos de designers e ilustradores.
Outro fato é o tal do conteúdo colaborativo, ou seja, a utilização de peças elaboradas gratuitamente pelo público. Isto está presente em todas as mídias e em muitas ações de marketing e é apontado como uma forma de aproximação, interatividade, entre a empresa e o cliente-consumidor. Confesso não saber o real tamanho disto, tanto em sua aplicação quanto em seus resulatdos. Também não sei avaliar o tamanho do estrago (se é que há). As empresas estão cientes q esta forma de concurso está sujeita a milhares de peças inúteis, que profissionais mais bem preparados provavelmente rejeitarão o concurso e que alguns ilustradores iniciantes ou curiosos mais talentosos é o q restará. Contudo, além de passar uma imagem de proximidade com o público, as empresas talvez esperem descobrir um novo talento, a quem amarrarão pela eternidade por contrato qualquer.
O fato é q esta modalidade de atitude ganha corpo, ganha força muito mais rapidamente do que é combatida e rechaçada. Os profissionais da imagem são um grupo pequeno. A grande maioria do público, infelizmente, não enxerga nada de errado com isso e acha até legal. Muita gente já me disse pra participar destes concursos. Escolas de arte pequenas incentivam seus alunos a participarem.
Não acho q estes concursos são simplesmente medidas para economizar dinheiro deixando de contratar um profissional. Há mais por trás. Também não acho q será isso q enterrará o ofício de imagem. Mas devemos ficar atentos, com o tamanho e projeção. Recentemente, o Montalvo conseguiu suspender um concurso da livraria da vila que continha termos sinistros.
Porém, mais e mais empresas adotam esta estratégia de concurso evamos ver onde isso vai nos levar.
e assim caminha a humanidade...
abraços

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TWITTER e Blogs ou Tendências na produção e interação em portais multimídia - parte 03

Bom,chegamos a última tendência apontada por Edson Rossi: o Twitter.
O Twitter é uma ferramenta bastante simples na qual internautas trocam links e postam frases curtas (com até 140 caracteres). As pessoas optam por seguir os twitters de quem quiser, meio q acompanhando o q essa pessoa faz (opu diz q faz) e pensa.
Um fenômeno q está surgindo no mundo são as pessoas mandarem informações sobre acontecimentos quaisquer (conflitos armados, eleições, etc) via twitter, atualizando em tempo real os acontecimentos, muito mais viral e rápido do que qualquer cobertura tradicional.
Edson aponta uma sutil mudança na página de abertura do site que traduz a evolução da ferramenta: onde antes dizia "diga o que vc está fazendo" agora aparece "veja o que está acontecendo no mundo", ou seja, passamos do eu para o mundo, para o nós.
Não sei o q se escreve ou que já foi escrito sobre o twitter, mas posso afirmar q é um negócio fabuloso. Confesso que ainda não descobri a real utilidade deste troço, o twitter, mas o fato é que em pouco mais de 3 semanas tenho quase 70 pessoas seguindo meus "twitts" (perdoem o neologismo), incluindo professores, intelectuais, dois estrangeiros e até um celebridade da TV (o comediante Marcelo Adnet).
O fato é q o twitter, a exemplo do que já eram os blogs, é uma janela para que o mundo veja quem vc é e o q vc pensa. Nenhum pensamento ou impressão são pequenos neste universo e sempre haverá alguem em sintonia. É o conceito da aldeia global de Marshall McLuhan (me corrijam se estiver errado)!!
Admito q não sigo todos q me seguem. Procuro centrar meus posts e os twitters q sigo em assuntos referentes ao meu trabalho (e algum entretenimento). Quebrei descaradamente o código da reciprocidade existente na internet. Mas, galera, tem gente q posta até o fato de estar fazendo café !!
Sou um grande entusiasta e conto nos dedos a hora para começar a estudar mais e me dedicar mais a fundo a este mundo virtual.
Segunda vou a outra palestra sobre mídias digitais e, se meu modem 3G chegar, pretendo twittar a palestra. Vamos exeperimentar...
Abraços

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tendências na produção e interação em portais multimídia - parte 02

Dando seguimento ao post anterior, apresento aqui mais duas tendências segundo palestra de Edson Rossi:
- Conteúdo encomendado – Aqui tratamos de conteúdos bancados por empresas. Não se trata de textos sobre a empresa diretamente nem um clipping, mas de reportagens ligadas ao universo de atuação da empresa e seu conceito de marca. Por exemplo: determinada empresa faz produtos alimentícios que propaga como sendo saudáveis. Daí, ela encomenda uma pauta ou um canal dentro do portal sobre estilo de vida saudável e anuncia seu produto neste canal. Tudo pago previamente.
Como tudo que envolve a propaganda, esta questão também é polêmica, pois, com certeza, existem pautas que não podem ser abordadas, ou seja, há (e ingenuidade achar que não, uma vez que é a própria empresa quem sustenta o canal) uma censura prévia de pautas. Também se tem o risco de pautas tendenciosas o que bate coma idoneidade e o compromisso do canal de mídia frente a interesses econômicos, ou seja, nada que já não aconteça.
Mas de qualquer forma, é uma tendência crescente.
- “Elemídia” – a elemídia é um empresa de mídia em elevador, ou “locais de espera forçada”. Trata-se de monitores colocados em elevadores e outros locais de “espera” através dos quais são exibidas notícias, específicas ou não, de acordo com o gosto do cliente. Podemos vê-los em elevadores (obviamente), supermercados, estações de transporte coletivo, etc. Este tipo de tecnologia e forma de comunicação pode ser facilmente expansível para mobile e representam um grande campo a ser explorado, por diversas formas de conteúdo, inclusive conteúdo cultural.
A última tendência é o meu novo brinquedinho, o Twitter, do qual falarei um pouco no próximo post.
Abraços e bom feriado

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Revista Placar lança HQ sobre futebol


Post Rápido
A Revista Placar da editora Abril vai começar a vincular um HQ Sul -Africana sobre futebol chamada Super Strikas. Uma prévia saiu na Super Interessante deste mês e na Mundo Estranho, pela mesma editora.
Matéria no Universo HQ.
Bem, o que dizer sobre essa HQ, exceto que ela é extremamente chata e não tem nada a ver com futebol? Parece um crossover entre um gibi da Marvel com aquele (péssimo) anime Super Campeões numa estética Velozes e Furiosos. Jogadores truculentos juntos com clubbers num universo de ligas galáticas e técnicos ousados.
Aí eu me pergunto, uma revista com a tradição da Placar não tem o bom senso de perceber o quão fora esta HQ está da nossa cultura futebolística? E pior, será que não existem autores e desenhistas mil vezes mais competentes, que saberiam traduzir bem o que é o futebol em nossa terra?
Qualquer um que goste de futebol verá que aquilo nada tem a ver.
Acho um tremendo desserviço e vai ser mais uma aposta que vai afundar e vão botar a culpa nas HQs sem parar pra pensar no conteúdo...
abraços

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tendências na produção e interação em portais multimídia - parte 01

Ontem (31/08) fui a uma interessante palestra com Edson Rossi, Diretor de Conteúdo do Portal Terra sobre Tendências na produção e interação com o usuário em portais multimídia. Edson trabalhou muitos anos com mídia impressa (estava nos últimos tempos na Abril) e somente há dez meses integra o time do Terra. Isto é muito interessante, pois permitiu uma visão comparativa entre veículos de mídia impressa e os grandes portais de mídia eletrônica.
A palestra foi muito esclarecedora, apresentando algumas tendências que suscitam questionamentos bastante pertinentes. Apresentarei um por post, comentando-os.
Vamos ao primeiro:
Você Repórter – Este é um canal da Terra no qual as pessoas mandam fotos, textos ou sugestões de pautas as quais são checadas e inclusas no portal. Segundo Rossi, diariamente eles recebem um número grande de contribuições de internautas (via diversos canais como telefone celular, por exemplo).
Este tipo de serviço tem um custo muito baixo para o veículo de mídia uma vez que o colaborador não é pago (ele tem a opção de contribuir ou não ou, como foi dito, “o conteúdo colaborativo é por definição gratuito”) e vem se propagando mais em mais em portais digitais e mídias tradicionais também. Os direitos autorais são todos cedidos ao veículo e, por mais que alguns sejam contra e que isso gere discussão (até que ponto é ético utilizar o material de outro sem remuneração e com retenção de DAs, mesmo que de comum acordo?), está tendência se apóia no desejo - e numa certa vaidade - de participar da difusão da notícia. Estes estímulos (uma pessoa comum ver seu nome num grande portal de notícias como autor de um furo qualquer) são fortes demais para serem derrubados pelos argumentos em contrário: é fato.
Considero prematuras avaliações de que esta prática colaborativa de público irá minar o emprego de jornalistas ou de profissionais ligados, como ilustradores e fotógrafos. Não devemos esquecer que o material enviado é em sua grande maioria amador e repleto de imperfeições, havendo sempre a necessidade de revisões, apurações e também que este material constituí peça complementar do portal.
Não estou fazendo campanha contra nem a favor. Confesso que preciso avaliar mais. A única certeza é que a internet mudou, está mudando e ainda mudará mais as formas de comunicação e disseminação da informação. Esta mudança ocorrerá em todas as esferas: social, econômica e profissional. Novas formas surgem e novos modelos de serviços e de ganhos. Ao mesmo tempo, o cidadão comum tem a oportunidade, como nunca houve antes na história do homem, de intervir no registro e na divulgação de informações, o que é extremamente sedutor, e os conglomerados de mídia sabem disso.
Por enquanto é isso, depois falo sobre as outras tendências.
abraços