sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael e eu

Pois é, o q leva um metaleiro barbudo, quadrinista e professor universitário, de 34 anos a escrever sobre a morte de uma celebridade (extremamente questionável)da mídia como o cantor Michael Jackson??

Bom, poucos sabem mas Michael foi um marco importante da minha vida, mais ou menos entre meus 8 e 11 anos. Nesta época, em 1982, saía nas prateleiras de todo mundo um dos maiores discos de todos os tempos: Thriller.
Lembro q meu pai era funcionário da CBS e trouxe um exemplar para nós. Não sei o q aconteceu, mas passei a gostar de música naquele tempo. Fiquei vidrado naquele negro (pero no mutcho) que cantava e dançava. Dêem um desconto, era só uma criança rereee
O fato é que me tornei um grande fã e colecionava de tudo, desde discos até albuns de figurinhas, posters, etc. Sabia as músicas de cor além das coreografias. Comprava jaquetas e as usava como meu idolo.
Um fato curioso e triste ao mesmo tempo foi um dia q levei o poster do Michael pra escola e um aluno valentão o rasgou em pendaços. Até hj minha criança interior tem ódio daquele fulano kkkkkkk

Bom, outra curiosidade é q queria ir dançar no concurso Michael Jackson no programa Barros de Alencar e que demorei anos pra ver o clip de thriller inteiro pois morria de medo.
O tempo passou e me curei da Jacksonmania. Os anos foram passando, me tornei adolescente, o mundo foi ficando mais e mais complicado, entrei pros Rebeldes sem causa Association Group e virei metaleiro (totalmente Thrue, como diz meu amigo Maurilio), o q nunca mais larguei. Enquanto isso, Mister Jackson se tornava mais e mais decadente.
O fato é que assim como meu idolo de infância se deteriorava nos anos 90, o mesmo acontecia comigo, na minha dificil transição da adolescencia para vida adulta. Minha infância deixava de fazer sentido e parecia cade vez mais distante.
Assim como aquele dançarino mágico, aquele mito havia se transformado num personagem tragi-cômico de tabloides de fofoca, um negro mais branco q um alemão purinho e sem nariz, minha infância se transformou em dias dificeis de angústia perante o mundo inclemente do cotidiano de um inseguro garoto nerd e tímido de classe média !!
Finalmente, após quase 20 anos aquela roupa velha foi despida e jogada fora e ver a morte de um dos maiores ícones da minha infância, meu maior herói de criança, é , particularmente, peculiar. Digo isso pois passo por um período de intensa mudança e a morte sempre foi um simbolo de renascimento. E ver a morte de um ícone soa simbólico...

Tomara q Michael Jackson encontre a paz que procurou em vida e renasça em algum lugar, novamente, como aquele herói dos dias de 82 e 83, com sua dança suave e sua bela voz, assim como todos nós renasçamos melhores todos os dias.
ABs
Mario Mancuso

Um comentário:

Lígia Santana disse...

Oi professor, como vai? Dei muita risada lendo esse post... principalmente a parte que o senhor queria ir dançar no concurso!
O MJ tbm fez parte da minha infância, minha tia tinha várias fotos dele no guarda roupa dela, assim como tu, tbm tinha medo do vídeo clip e das fotos que assombravam o quarto, mal sabia que ele ficaria mais assustador no futuro. Eu viajo e acho que isso pode ser marketing, talvez ele não esteja morto, fugiu das dívidas, agora que ele vai faturar muito mais, eu viajo longe!
Bj grande.