quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O trabalho do produtor intelectual diante do futuro tecnológico

Olá, Amigos
Esta semana entrei em uma discussão acalorada com o pessoal da Abipro sobre os direitos autorais x o avanço tecnológico. Bom, não vou entrar em detalhes, mas a questão dos DAs pra quem é produtor intelectual, ou seja, músico, fotografo e , no meu caso, quadrinista e ilustrador é um grande problema.
Não por que a Lei seja ruim, mas porque os clientes, principalmente editoras, se recusam a cum prir as normas e usam de coerção para nos empurrarem contratos leoninos que nos fazem ceder todos os DAs.
Bom, esta é uma questão que abordarei em outro post. Agora, o quero falar é sobre como acredito que devemos nos portar enquanto criadores.
Bom, primeiramente, temos de levar em (muita) consideração o contexto que vivemos hoje com a revolução tecnológica, a internet e tantas novas invenções eletronicas. Outro fator, é o modo como o consumidor está buscando e consumindo esta produção através dos novos meios.
A revolução tecnológica e implementação de novos meios mudou a forma como nos relacionamos e nos comunicamos em níveis essenciais. As fronteiras geográficas são superadas pela velocidade do click e o conteúdo posto on line se dispersa muito mais rápido e por muito mais lugares do que poderíamos acompanhar.
Assim, inversamente proporcional ao controle do q é produzido, o acesso através dos meios digitais cresce cada vez mais, passando por cima de direitos autorais, leis, e tudo o mais. Querer barrar essa troca de arquivos ou limitar o acesso é uma guerra indiscutivelmente perdida. Haja visto o caso das gravadoras versus sites de MP3, no qual as gravadoras estão perdendo de lavada.
A difusão funciona num ritmo não-linear e viral. Como é possivel dete-lo?? Resposta: não é.
Para o autor - produtor cultural, restam duas possibilades: esperar e rezar que a legislação e a fiscalização consigam vencer esta batalha e salvaguardar sua produção (inclusive melhorando as condições de mercado) ou buscar novas formas de vender/escoar sua produção.
Bom, acredito que a resposta seja óbvia, mesmo com a grande polêmica e reações contrárias.
O primeiro passo é o produtor intelectual entender que o público consome sua mensagem , não seu meio, assim, o primeiro passo é entender o comportamento do consumidor em tempos cibernéticos. Uma mistura de marketing moderno e teoria de comunicação.
Segundo é buscar novas formas e meios, muitas vezes sem intermediários para levar, e comercializar, suas produção com o público.
Daí, novos modelos de negócios surgirão, junto à novas oportunidades e nichos de mercado.
Eu estou apostando todas as minhas fichas nesse pensamento e nestas oportunidades.
O modelo convencional me garantiu um ganho quando muito, mediocre e a tendência é piorar. Minhas opções eram "dar murro em ponta de faca" ou buscar um novo modo de encarar o mundo.
abraços

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